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Então Compartilhe“Quando saíres à guerra contra os teus inimigos...” (Deuteronômio 21:10)
Nesta semana lemos a parashá Ki Tetsê, “quando saíres”. Ki Tetsêé uma parashá riquíssima em mitzvot,nela encontramos 74dos 613 mandamentos da Torá. A maioria destas 74 mitzvot fazem parte da categoria “ben adam lachaveró”, ou seja, mitzvot feitas entre uma pessoa e seu companheiro.
Encontramos nesta parasháleis que envolvem vários aspectos da vida diária,comointegridade, justiça, responsabilidade familiar, casamento e trabalho.
Ki Tetsê significa “Quando saíres”. O povo judeu estava prestes a se estabelecer na terra sagrada de Israel e viver nela. Ki Tetsê explica como eles deveriamse comportare lidar com seus semelhantes.
Na contemporaneidade é tão comum ouvirmos a palavra guerra, que a percepção real do peso que essa palavra carrega parece muito distante.Nãovivemos em um período de guerra no Brasil,mas ainda assim nossa parashá começa com instruções claras de como devemos nos comportar ao sairmos para uma guerra que parece ser inevitável.
Podemos refletir sobre isso na parashá dessa semana: Qual é a guerra que travamos diariamente e não percebemos e por isso não buscamos as providências adequadas?
Diariamente saímos à uma guerra muito mais ampla e inevitável:A guerra contra nosso inimigo interior, nosso egoísmo, indiferença, raiva;uma guerra interna para não sermos dominados pelonosso yetzer hara.
Em situações extremas de guerra é comum vermos sentimentosnobresserem postos de lado e a irracionalidade tomar controle das ações dos combatentes. ATorá nos ensina como devemos sair à guerracom o único propósito de nos ensinar que mesmo em meio a situações mais difíceis, é possível controlar nossos impulsos e agir com clareza.
Para vencermos nossas batalhas e guerras internas, é preciso tomar a iniciativa:Temosque sair à guerra, vencer nossosmedos,dificuldades, egoísmo e obstáculos. Não é por acaso que a parashá dessa semana é lida no mês de Elul, o mês de preparação para osDias Solenes de Rosh Hashanáe Yom Kipur, dias de preparação para um ano melhor.
Como bons soldados, é nosso deverenfrentar o mau que existe dentro de nós, fortalecendoe alimentandonosso yetzer tov,acrescentando em nossos dias atos de chessed (bondade), generosidade, estudo da Torá, tefiláetsedaká. Chegou a hora de refletir e decidir viver uma vida melhor. Ki Tetsêestá repleto de instruções e exemplos de como atingir com sucesso a estes objetivos.
Um dos pontos centrais nessa parashá é a preocupação de Hashem com as pessoas menos favorecidas que não possuem meios decomo se proteger, constatamos isso através das leis que fazem referência ao ser humano de forma individual e coletiva, demonstrando como deve ser seu relacionamento com sua família, seus vizinhos, animais, além de diversas leis a respeito do bem-estar da mulher.
A parashá se iniciacom as mitzvá que trata de cativos, em especial de uma prisioneira “yefat toar”, especialmente bela e atraente,lemos também sobre o filho primogênito de uma esposa odiada, a importância da mitzvá de shluach hakan, que é o valor que damos a mãe pássaro e até mesmo mostra misericórdia para com o corpo de um homem mau que foi enforcado.Lemos também sobre a exortação de construir um parapeito no telhado, para evitar que alguém caia, leis que protegem mulheres inocentes, que estabelecem regras de negócios, que deixam respigas para os pobres eque protegem os animais. Na verdade, nesta parashá encontramos um guia rápido para viver uma vida santa, como convém aos que vivem em eretz Israel.
Apesar da parasháser iniciada com o tema deguerra, o que vemos na verdade é uma proposta de paz. Ki Tetsê contém regulamentações destinadas a promover o respeito pela justiça, a bondade e a integridade moral. As leis apresentadas nesta parashá são uma mistura de princípios e práticas, que podem ser facilmente entendidos como úteis na formação de uma sociedade civil e de indivíduos psicologicamente saudáveis.
Um dos pontos que também quero destacar da parashá são os lembretes feitos por Hashem: “Lembre-se também que você foi um escravo na terra do Egito”. Em meio a tantas mitzvots , Hashem nos recorda que devemos exercer benevolência e justiça; assim como também nos recorda do que os Amalekitas nos fizeram quando saímos do Egito: “Recorda-te do que te fez Amalek no caminho quando saíeis do Egito, que te encontrou pelo caminho e feriu todos os desfalecidos que ficavam atrás de ti, e tu estavas sedento e cansado, e Amalek não temeu a D’us.” (Deuteronômio:25:17)
O que podemos perceber com essa recordação é queHashem espera que sejamos veementemente fortes contra toda forma de injustiça, brutalidade e opressão, odiando qualquer aparência do comportamento de Amalek e que procuremos agir com sabedoria e benevolência frente aos nossos desafios, respeitando todos os povos, convivendo em paz e harmonia.O oposto da guerra é a paz, essa que Torá nosdemonstra do começo ao fim.
LESHANÁ TOVÁ TICATEVU VETECHATEM!
Que sejamos inscritos e selados para um bom ano!
Fabiane Andrade
Referências bibliográficas:
https://www.chabad.org/parshah/article_cdo/aid/704639/jewish/Rashi-Studies-Advanced.htm
https://www.chabad.org/parshah/article_cdo/aid/2286/jewish/Ki-Teitzei-in-a-Nutshell.htm
https://www.vidapraticajudaica.com/single-post/2015/08/25/Ki-Teitzei-Como-Merecer-Uma-Vida-Longa
https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/822838/jewish/Resumo-da-Parash.htm
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