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Então CompartilheEsta parashá vem na sequência da ordenança das 03 festas principais do Judaísmo: Pessach, Shavuot e Sucot, trazendo-nos algo interessante. A porção semanal não somente inicia com a ordem de se instituir JUIZES e POLICIAIS, como também termina com outros assuntos importantes como mandamentos negativos (lo taassê) e positivos (taassê):
1) Não plantar Asherá (Rabino Aryeh Kaplan ZT”L traz em seu comentário sobre a Torá que, segundo o Midrash LekachTov e Ramban, “qualquer árvore plantada à entrada de uma casa de adoração é chamada de Asherá” (p. 947);
2) Não levantar Matsevá (também Rabino Aryeh Kaplan traz duas conceituações de matsevá, nesse caso: 1 “um monolítico usado para sacrifícios”, conforme Rashi, Ibn Yanach, Radak, Sherashim e o Sêfer haMitsvot Gadol, mandamento negativo 44) e 2 “uma estrutura construída como um foco para adoração”, segundo Rambam, Ralbag e o Sêfer haChinuch 493) (Idem);
3) Advertências sobre às práticas de Avodá Zará (idolatria);
4) Instruções de como instituir um Rei sobre o povo;
5) A importância de ser ter DUAS ou MAIS testemunhas para realização de pena capital;
6) A promessa do Grande profeta (o Ba’al haturim traz a opinião do Pessikta de Rav Kahana de que esse profeta é Jeremias, visto que ele e MoshéRabênu admoestaram Am Israel. Há, também, a guematria como fundamento desse sábio de Torá: naví akim lahem – “profeta se levantará para eles” – tem o mesmo valor numérico da expressão “este é Jeremias” – zehu Yirmeyáhu = 289);
7) A confiança em D’us nas batalhas; e
8) Solução para Assassinato não solucionado.
A questão de se estabelecer a justiça foi algo prioritário ao povo israelita assim que se acomodassem em sua terra. Apesar de HaShem ter dado a Torah e o povo ter confirmado a decisão em obedecê-lo nos dizeres: Faremos e ouviremos (Êxodo 24:7), houve a necessidade de DETERMINAÇÃO desses juízes. Rashi diz que shofetim são os daianím – juízes – que promulgam a sentença (din) e shoterim são os que executam as ordens dos juízes e dos tribunais.
A garantia da ordem está na obediência e respeito no convívio com o próximo. Sabemos que na Torah estão as normas relacionadas ao Criador e também ao comportamento dos futuros moradores de Canaã. Como HaShem é o criador e detentor de toda a Terra, Ele quis deixar isso bem claro, não seria admitido libertinagem dentro da terra de Canaã, pois isso era a LEI de seus antigos habitantes. A Lei agora é outra, a Lei da LIBERDADE, mas a liberdade vinculada à OBEDIÊNCIA a HaShem por meio da observância das mitsvot.
Sabemos que nós, seres humanos, temos uma dificuldade em sermos obedientes e, para isso, as nações estabeleceram suas regras internas como por exemplo a Constituição, Leis federais (Civil e Penal), etc. Foi exatamente isso que HaShem fez, estabeleceu sua constituição ao povo no Sinai e que para garantir a ordem em seu novo lar, precisaria de pessoas capacitadas e com posições firmes para fazer valer a sua determinação, e essas são: os juízes, os sacerdotes, os reis e os profetas, todos mencionados na parashá. Nessa mesma parashá também vemos a advertência do próprio Deus em relação a esses mesmos juízes,queevitassem receber propinas e desfavorecessem alguma das partes. Quando Israel ainda estava no deserto, Moisés e Aarão levavam todas as demandas do povo, depois, por orientação de Ytró, sogro de Moisés, foram instituídos,constituindo, conforme a tradição, o primeiro San’hedrin, tendo Moshé sido seu primeiro líder e totalizando 71 membros, conforme o Rabino Aryeh Kaplan traz no capítulo sobre o San’hedrin, em seu livro “Jerusalém – o olho do Universo”. Assim está expresso na Torá:
“Reúne para mim setenta anciãos de Israel, e traze-os para a Tenda da Reunião, para que eles possam ficar lá contigo”. Números 11:16.
Aqui está registrada a primeira constituição do San’hedrin tendo Moisés como seu presidente, totalizando 71 anciãos. A seleção para compor o San’hedrin era rigorosa e seus membros deveriam ser distintos, por sua sabedoria, humildade, temor a D’us, desprezo pela ganância monetária, paixão pela verdade, e amor ao próximo assim como perícia sobre TODOS os conhecimentos da Torá. Além disso, estes estavam hierarquicamente acima de todo o povo de Israel (Êxodo18:21). Também era dada a oportunidade para que cada tribo escolhesse seus representantes e quem sabe, se tornasse membro do San’hedrin (Deuteronômio 1:13).
A última formação do San’hedrin se dispersou no ano 70 da era comum após a destruição do Beit HaMikdash pelos romanos e foi dissolvido em 358 da era comum. Era justamente junto ao Templo de Jerusalém que o Sanhedrin se localizava com os juízes reunidos. O San’hedrin incluía um chefe ou príncipe (Nasi), um sumo-sacerdote (Cohen Gadol), um Av Beit Din (o segundo membro em importância) e outros 69 integrantes. Ao Grande Tribunal todo Israel estava submisso, pois dali viria TODAS decisões denominadas de Leis Rabínicas.
A segurança e a estabilidade de um país passa necessariamente pelo respeito às normas e a força legal estabelecida visa contribuir para a manutenção dessa estabilidade. Que o coração de todo judeu possa desejar que o San’hedrin seja reestabelecido em nossa geração, bem como a Reconstrução do Templo em Jerusalém, pois assim se cumprirá o que foi dito pelo Profeta Isaías: “porque de Sião sairá a Torá, e de Jerusalém a Palavra do Eterno”. Isaías 2:3
Shabat Shalom Umevorach!
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